No dia 8 de novembro deste ano, a banda estadunidense Alter Bridge retornou ao Brasil para realizar um show único e sem abertura no Espaço Unimed, na Zona Oeste da capital, em meio a turnê “Pawns & Kings Tour”, que promove o último álbum da banda, lançado em 2022. Um show único não somente na data, como também no espetáculo: uma apresentação digna de um show de rock devido à voz afiada do frontman, o vocalista e guitarrista Myles Kennedy, a instrumentalidade impecável não somente dele, como a de seus parceiros de banda – Mark Tremonti (guitarra), Brian Marshall (baixo) e Scott Phillips (bateria) – e a devoção constante e evidente dos fãs, que lotaram a casa para prestigiar a volta da banda após seis anos.
O setlist teve 17 faixas, distribuídas em duas horas de apresentação – iniciadas pontualmente às 21h -, um repertório de sucessos da banda nos 19 anos de carreira e passou por fases: um início que mesclou músicas agitadas e mais lentas, um meio de show marcado por faixas acústicas e um final novamente rítmico, mas com faixas mais conhecidas ainda pelo público.
Da primeira à última música, era possível ver o semblante impressionado de Myles com os fãs do Alter Bridge. O mesmo – e com mais intensidade – ocorreu nas pequenas pausas em que o frontman prenunciava um discurso ou introdução à uma faixa. Fãs não somente cantaram as faixas de forma ensandecida, em alguns momentos, como também gritaram o nome da banda.
“Silver Tongue” foi a primeira faixa e trouxe o ânimo da plateia das duas pistas ao topo. Em seguida, “Addicted to Pain” fez a massa presente cantar a todos os pulmões e apreciar o poderoso solo de Mark Tremonti.
A situação ficou mais lenta com “Ghost of Days Gone By”, mas não na voz do público. Em seguida, Myles fez o primeiro de seus discursos, elogiando o público e afirmando que não havia nada como os fãs locais.
“Sin After Sin” foi a faixa seguinte e, após ela, “Broken Wings”, que levou a plateia ao delírio novamente.
Mark Tremonti assumiu os vocais para cantar e tocar em “Brun It Down”. Myles Kennedy teve seu momento de solo e não decepcionou na execução. No fim da primeira “fase”, a banda tocou “Cry of Achilles”.
Na abertura das faixas mais acústicas, o frontman do Alter Bridge cantou “Watch Over You”, com forte canto do público e, junto a Mark Tremonti no violão, “In Loving Memory”.
Na transição para um retorno mais agitado, a banda por um todo tocou “Blackboard”, mais um clássico da banda e que contou com uma pequena introdução com a faixa dos Beatles, de mesmo nome, e solo conjunto de Kennedy e Tremonti. Em seguida, veio a faixa “Come to Life”.
Fãs da parte frontal do palco – os mais agitados da noite, inclusive – pediram para que o Alter Bridge tocasse “Lover” e o pedido foi atendido. A faixa, segundo Kennedy, não era tocada há muito tempo e, mesmo sem ensaiar, o frontman se saiu muito bem, emocionando novamente os pedintes. “Pawns & Kings”, música que leva o nome do último disco da banda, veio na sequência, seguida de “Isolation”.
Myles apresentou a banda e, logo depois, iniciou a clássica “Metalingus”, que contou com os gritos do público aos comandos gestuais de Myles, um desejo de “feliz aniversário” para um fã da grade e um trecho final tão impactante quanto a faixa de estúdio.
Após o Encore, a banda retornou e finalizou a terceira “fase” do show com outros clássicos: “Open Your Eyes” e “Rise Today”.
Com o fim do show e o soar de “My Way”, de Claude François, ao fundo, o público começou a sair do Espaço Unimed com uma provável certeza coletiva de um show impecável do Alter Bridge. Algo que, do ritmo mais lento ao mais agitado e dentro do estilo da banda, entregou tudo o que a plateia desejava ou esperava.
Agradecemos a Catto Comunicação e a Mercury Concerts pela oportunidade de cobertura!